domingo, 16 de maio de 2010


A felicidade é amarela. Não. A felicidade é aquarela. Ela se esconde na fantasia, na democracia, na monotonia. Ela se faz presente e é presente. Dias vazios, sóis cor de rosa, nuvens de tule, dedos gelados, calor humano.

A felicidade está em francesinhas liláses, folhas caindo e pôr do sol. É delírio consciente. Pão quente, passarinho, céu redemoinho, rastro de avião, paredes sem tinta, música tocando. Talvez, chão varrido, cara molhada, corpo estendido. É sorte.

Felicidade é contemplação, é banho de lama, é engarrafamento. É tombo na escada, reprovação, desentendimento. Quem sabe, pergunta sem resposta, silêncio da voz. Felicidade é nada, é tudo.

Felicidade? Sou eu.