segunda-feira, 6 de abril de 2009

Horas sós


Nunca senti a chuva tão quente
Nem vi o azul tão cinza.
Nunca ouvi choro em risos
Nem estive tão vazia.

Não há lábios em par
Nem braços em laço.
Não há noites ao luar
Nem a união de passos.

Os olhares se perderam,
Há muito tempo.
O romantismo se esgotou,
‘Eu te amo’ é xingamento.

O fugaz tornou-se eterno.
O vermelho desbotou.
Não,
Não há amor.