quinta-feira, 16 de setembro de 2010

E quando o sonho é realidade?
Pior. Quando o mau sonho é real.

Se gritar que não sou esse monstro, que não sou essa pessoa ruim adiantasse, já não teria voz. Aliás, gostaria de não ter voz, não ter forma, de sequer existir. Quanto mais penso, menos aceito. Não, não me perdoo. Não tem perdão. Como pude ser tão tola? Me odeio tanto assim??

E sou covarde. Choro em silêncio, desvio o olhar. Fujo do mundo. Pra que? A besteira foi feita, o álcool foi ingerido, a memória foi apagada, o coma não foi um pesadelo... Foi tudo real.
Tudo realmente horrível.

Um dia, e todos os princípios no lixo. Eu não amo a bebedeira, não sou promíscua, nem beijo por beijar. Eu não me orgulho de coma alcoólico, de não lembrar de nada, de ser carregada semimorta,... Sempre defendi a sobriedade, busquei a castidade, vivi com retidão. Por que isso? Por quê, meu Deus??

Definitivamente, não sou aquele corpo desacordado, jogado num corredor, sujo de vômito, descalço e digno de pena. Não sou.

Eu sou a culpa, o remorso, as noites mal dormidas, o choro na hora de dormir, os joelhos dobrados clamando perdão.

Meus 19 anos nunca pesaram tanto... Não estou só. Agora, seremos sempre dois.
Eu e o arrependimento.


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